Mudaram as estações, nada mudou...

E aí que alguém diz que admira minha força interior e eu me sinto a própria Mulher Maravilha. Aí que eu me lembro das burradas que já cometi e penso que hoje sou uma mulher bem mais inteligente. E leio livros e mais livros porque quero ter mais e mais cultura. E vejo os outros cometendo erros que já cometi e sinto uma alegriazinha secreta interior por já ter passado daquele estágio. E escrevo textos que aprovo surpresa o resultado final. E dou conselhos para quem me pede baseado nas minhas (muitas) vivências. E por tudo isso me convenço que a maturidade chegou enfim em minha vida e fico cheia de si e de orgulho de mim mesma.
Mas aí alguma coisa foge do meu controle e toma rumos diferentes dos meus anseios sem que eu nada possa fazer para evitar...então percebo que minha força não passa de fachada, que eu continuo a praguejar o mundo nessa horas feito uma criança birrenta, e pergunto mil vezes a Deus, ao universo ou a quem estiver na minha frente: Porque não? se eu queria tanto...num típico surto de infantilidade.
È, bem que eu tento ser madura, mas ás vezes acho que “a menina mimada” vai morar para sempre dentro de mim.