2007-05-02

Fome de Mundo

Eu tenho fome de vida. Fome de pessoas. Fome de vivências. Fome de Lugares. Fomes infinitas. E a minha grande angústia é que eu não tenha tempo de saciá-las por completo.
Tenho no peito uma ansiedade gritante de explorar o mundo de cabo a rabo, mesmo sabendo que para isso eu teria que viver uns mil anos ou mais.
Talvez a minha pressa e essa sangria desatada venha justamente daí: eu não sei quanto tempo o destino me reserva, mais seja lá quanto for vou fazer caber dentro dele o máximo de vida possível.
Eu sinto como se tivesse milhares de tesouros escondidos nesse universo para que eu possa descobrir.
Quero andar por todos os caminhos, os floridos e os espinhosos, conhecer lugares que eu nunca pensei que existissem, desvendar mistérios, redescobrir o amor a cada amanhecer, rir todos os risos, chorar todos os prantos que me forem reservados, (afinal eles também estão incluídos no pacote de vivências), quero vitórias, quero parir, quero ler coisas que me façam perder a fala, escutar o número máximo de canções, apurar cada um dos meus sentidos, quero chegar mil vezes, e partir sempre que for preciso, quero momentos novos para compartilhar com velhos amigos, mas principalmente, quero conhecer muitas e muitas pessoas (sou fascinada por gente), das mais diversas culturas e raças, quero saber suas histórias de vida e me emocionar com elas, desvendar suas alegrias e dores, mergulhar em suas entranhas, levar um pouco de cada uma delas comigo e deixar nelas um pouco de mim.
Quero lá na frente olhar pra trás e ter uma infinidade de momentos e pessoas sensacionais pra recordar, pois como disse sábia e lindamente o poeta , até a morte, tudo é vida.

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