2007-04-24

Quando os pais viram filhos...

Nossos pais são nossa base, nosso alicerce, nosso exemplo...quem já não ouviu ou falou alguma dessas frases?
E por mais clichês que elas sejam não deixam de ser verdadeiras.
Eles são nosso 1º referencial, nossos primeiros professores, são aos nossos pequeninos olhos de criança os maiores gigantes desse mundo.
Eles sabiam as respostas para as perguntas mais inusitadas que só uma mente infantil é capaz de formular, e se porventura não sabiam, inventavam, eu acreditava e ficava tudo bem.
Depois vem a adolescência, aquela fase conturbada, e os questionamentos aumentam, a rebeldia que cada um tem dentro de si encontra terreno fértil para florescer.
E eles com aquele jogo de cintura que Deus só concedeu aos pais, foram driblando tudo... É incrível como tinham um conselho para cada situação e o mais incrível ainda é como esses conselhos eram sempre eficazes.
Mas o melhor de tudo era saber que seja lá qual fosse a enrascada que eu me metesse eles sempre me salvariam no final.
Ai um dia eu cresci, em outro me casei e numa noite recebi um telefonema da minha mãe relatando uma briga entre meus irmãos e me perguntando como ela deveria agir.
Em outra tarde foi meu pai que me ligou perguntando se eu podia ir até a casa deles ajudá-los a resolver sobre a reforma da casa pois não estavam chegando a um acordo.
E nos dias que sucederam em vários momentos eles solicitaram minha ajuda ou simplesmente minha presença.
Foi então que entendi que é verdade mesmo essa história que depois de um tempo os papéis se invertem: os pais viram um pouco filhos e a gente vira um pouco pais.
Eu percebi que apesar de toda força que eles sempre demonstraram, ás vezes eles também são frágeis e não sabem como agir diante de certas situações, e percebi o esforço que eles tiveram para resolver todos os problemas e encrencas que eu e meus 2 irmãos nos metemos durante todos esses anos.
E hoje quando eles me ligam com algum pepino a ser resolvido com aquelas vozes assustadas ou aflitas, e eu consigo de alguma forma ajudá-los, meus 25 anos tornam-se insignificantes pq me sinto alguém muito madura e responsável como aquele gigante que morava dentro deles... mas sobretudo, me sinto orgulhosa e feliz de retribuir as milhares de vezes que eles chegaram me oferecendo colo e calma, feito um grande farol de luz no meio da escuridão.

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