2007-08-23

Saudade de um tempo onde não existia essa rachadura no nosso porta retrato de família feliz. Saudade da força dos laços de sangue e do tempo que eu não acreditava que eles poderiam ser rompidos, pelo menos não dessa forma tão abrupta.
Saudade daquele sentimento de que seja lá qual fosse o problema estávamos todos juntos e isso se sobressairia no fim.
Saudade dos segredos compartilhados, da cumplicidade e dos sorrisos naquele quarto cheio de sons, saudade do que foi sonhado e não se concretizou, da sensação de completude, da “irmandade” propriamente dita.
No entanto, maior que a saudade só mesmo a vontade de que fosse possível existir um jeito de se apagar o que foi dito, e principalmente o que foi feito...de que o tempo pudesse regredir naquele ponto em que estava tudo bem e fazer desaparecer o que veio depois...vontade absurda de que pudesse ser possível recuperar o que se perdeu nesse trajeto e juntar novamente o que foi partido...
Mas é impossível eu sei, a vida não tem rascunhos, dos quais a gente pode abrir mão na hora de passar a limpo. O que já foi escrito não mudará. E essa talvez seja de todas, a maior injustiça da nossa existência.

PS: Para evitar interpretações erradas, já vou deixar frisado que esse desabafo nada tem a ver com a minha vida sentimental.

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3 : Adicione seu Ingrediente (Blogger):

Jac C. disse...

Ô Cin... me passa teu email.
Tem alguns coments que gosto de responder por email.
Se não se importar, o meu é

jc.0511@gmail.com

ok?
Bjs

Menina Lunar disse...

é uma injustiça gigantesca mesmo.

=/

beijo Cin!

Anônimo disse...

Belíssimo texto Cin. Tocante de forma suave como a brisa, mas ao mesmo tempo arranha as mãos que já passaram por tla fato ou algo parecido.
Uma linda noite